Antes de tudo, precisamos entender o que é neuropatia, quais seus subtipos e suas causas, para então adentrar nos tratamentos atuais e em desenvolvimento para cada neuropatia em específico.
Dividimos o sistema nervoso em central (cérebro e medula espinhal) e periférico (raízes, gânglios, nervos, músculo).
Neuropatia periférica é um termo genérico que indica lesão dos nervos do nosso sistema nervoso periférico.
Os nervos têm como função transmitir informações – como cabos elétricos que carregam energia. Há um centro que conduz a energia propriamente (axônio) e a capa isolante (mielina) que faz o sistema ser ainda mais rápido e eficaz.
Assim se faz comunicação entre sistema nervoso central e periférico!
E para cada sensação de dor, temperatura, toque, posição corporal e articular, força motora, funções autonômicas, existe um nervo específico!
Como já dito, há uma gama de nervos com características próprias e funções específicas. Então, a depender de qual ou quais acometidos, o tipo de neuropatia será diferente.
Podemos classificar as neuropatias periféricas de várias formas:
Há causas adquiridas — que surgem ao longo da vida devido a um conjunto de fatores externos — e aquelas hereditárias — geneticamente herdadas.
Ainda assim, apesar de investigação ampla, não conseguimos descobrir em alguns casos o que causou a disfunção — as chamadas neuropatias idiopáticas.
Através de uma boa avaliação médica, que é essencial para a solicitação dos exames complementares corretos!
Na consulta, a avaliação minuciosa das queixas, sintomas e tempo de evolução irá guiar o exame neurológico.
A partir daí, podem ser indicados alguns exames como eletroneuromiografia, ultrassom de nervos, exames de sangue e urina para esclarecer o diagnóstico.
Caso exista suspeita de doença genética, também existem os teste genéticos que podem ser utilizados.
O tratamento depende da causa encontrada para a sua neuropatia.
É fundamental entender que os nervos podem sim se regenerar, mas isso acontece de forma muito lenta e nem sempre 100% eficiente. O processo pode levar meses a anos e depende da gravidade da lesão.
Então, fazer o diagnóstico correto e iniciar o tratamento rápido melhora muito as chances de recuperação.
No entanto, alguns tipos de neuropatia podem não ser totalmente revertidos e o foco será evitar a progressão.
Para citar alguns casos:
A mensagem final é: quanto mais cedo buscar ajuda, maior as chances de melhorar!
Responsável Técnico:
Dra. Michelle Abdo Paiva
Neurologista Clínica e Neuromuscular pelo HC-FMUSP
CRM 191302, RQE 94288