É muito comum que os pacientes perguntem se existe alguma dieta ou alguma vitamina que possa prevenir ou frear a progressão da Doença de Parkinson. Então esse será o assunto que abordaremos hoje. Acompanhe!
O que é a Doença de Parkinson?
A doença de Parkinson é uma enfermidade neurológica crônica e progressiva que afeta principalmente a coordenação motora e os movimentos do corpo. Nomeada em homenagem ao médico britânico James Parkinson, que a descreveu pela primeira vez em 1817, essa condição resulta da deterioração gradual das células nervosas produtoras de dopamina em uma região específica do cérebro chamada substância negra.
Os sintomas característicos da doença de Parkinson incluem tremores involuntários, rigidez muscular, lentidão nos movimentos (bradicinesia) e dificuldade em manter o equilíbrio. À medida que a doença progride, podem surgir desafios adicionais, como problemas de fala e escrita, bem como alterações na expressão facial, levando a uma aparência de máscara. A coordenação motora fina também é frequentemente afetada, dificultando tarefas cotidianas como se vestir ou comer.
Qual a causa da Doença de Parkinson?
A causa exata da doença de Parkinson ainda não está completamente elucidada, embora seja considerada uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Embora não haja cura para a doença, existem tratamentos disponíveis que visam aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Além da terapia medicamentosa, a reabilitação física e a terapia ocupacional também desempenham um papel fundamental no gerenciamento da doença, ajudando os indivíduos a manterem a funcionalidade e a independência pelo maior tempo possível.
Como prevenir a Doença de Parkinson?
Infelizmente, até hoje, não se conhece qualquer dieta, suplemento alimentar, medicação, ou cirurgia que seja capaz de curar ou retardar o aparecimento de sintomas. Existe, porém, uma medida capaz de diminuir a chance de desenvolvimento da doença de Parkinson, além de melhorar sintomas e a qualidade de vida nos que já tem o diagnóstico: exercício físico.
Em modelos animais, após um regime regular de exercício físico, é possível observar o surgimento de diversos mecanismos de neuroproteção e neuroplasticidade, como aumento de sinapses, aumento de neurogênese, diminuição de neuroinflamação e aumento de anti-oxidantes. Por outro lado, a imobilidade deixa o cérebro mais vulnerável a alterações que levarão à doença de Parkinson.
Existem muitos tipos de treinos que podem ser feitos dentro de casa, mesmo. Mas é sempre preferível que haja instrução de um profissional qualificado.
Quanto ao tipo de atividade física, não há uma recomendação específica. Alguns estudos associam a prática de Tai Chi Chuan a melhora de equilíbrio e prevenção de quedas a médio/longo prazo em pacientes com doença de Parkinson. Mas, em termos de neuroproteção, o tipo de atividade é o menos importante, podendo ser musculação, exercícios aeróbicos, Karate, Tango, Yoga, entre outras. O importante é praticar com regularidade e que o paciente goste da prática escolhida.
Faça o que te mova.
Texto preparado pela Dra. Carina França, médica e pesquisadora da Universidade de São Paulo e neurologista no Instituto Neurolum.