Os tratamentos para demências são importantes para controlar os sintomas dos portadores dessas doenças, visando a qualidade de vida do paciente e seus cuidadores. Eles são mais efetivos quando iniciados em seus primeiros estágios.
Logo, é preciso ficar atento aos sinais e procurar uma avaliação médica especializada. Destacamos que o número de pessoas com demência tem aumentado nos últimos anos. Acompanhe o artigo para entender!
Dados para entender o cenário das Demências
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem cerca de 50 milhões de pessoas com demência ao redor do mundo. O órgão estima que os casos podem alcançar o número de 82 milhões em 2030.
No Brasil, um estudo recente mostrou que as taxas de demência na população variam de 5,1% a 17,5%, sendo a Doença de Alzheimer a mais frequente delas.
Os principais tipos de demência
Doença de Alzheimer
É a forma mais comum de demência. Trata-se de uma doença progressiva e degenerativa que atinge o cérebro. O depósito das proteínas beta-amilóide e emaranhados neurofibrilares levam a atrofia progressiva do cérebro. Assim, há um declínio de certas funções e atividades mentais, como memória, raciocínio e linguagem.
Demência Vascular
Causada por problemas de circulação do sangue no cérebro. Ela pode se manifestar como pequenos acidentes vasculares isquêmicos silenciosos ou até mesmo hemorrágicos. A manifestação clínica pode ser semelhante ao da Doença de Alzheimer.
Demência de Corpos de Lewy
Causada pelo depósito de proteínas anormais no cérebro, denominadas Corpos de Lewy. Estes corpos também causam a morte dos s neurônios resultando no declínio cognitivo.
Demência na Doença de Parkinson
Nas fases mais avançadas da Doença de Parkinson é possível surgir um quadro de demência, causado pelas mesmas alterações fisiológicas que comprometem as funções motoras.
Demência Frontotemporal (DFT)
Ocorre quando há a degeneração dos lobos frontais e temporais. Estima-se que 50% das pessoas com DFT possuem histórico familiar da doença. Essa doença costuma acometer uma faixa etária mais jovem que a Doença de Alzheimer.
Quais os tratamentos para Demência?
O tratamento para demências inclui a administração de medicamentos que atuam aumentando alguns neurotransmissores no cérebro, como acetilcolina, serotonina e noradrenalina. Também há benefícios relacionados a sintomas neuropsiquiátricos da doença, como ansiedade, depressão e insônia.
No entanto, este uso varia conforme o tipo de demência, pois algumas delas podem ter seus efeitos agravados pelo uso de certas substâncias, como é o caso da Doença de Parkinson e da Demência de Corpos de Lewy. Por exemplo, o uso de antipsicóticos nessas duas doenças podem piorar os sintomas parkinsonianos e também o quadro cognitivo.
Um ponto fundamental do tratamento para demências é realizado por intervenções não farmacológicas que ajudam na reabilitação cognitiva dos pacientes. Elas são realizadas por meio de estratégias de compensação, isto é, estímulo das regiões não afetadas, exercícios de aprendizagem e conscientização.
Também envolve a psicoeducação da família e cuidadores para lidar com algumas dificuldades que podem estar presentes no convívio, como agressividade, agitação, irritabilidade, etc.
Este tipo de tratamento, quando realizado com frequência e iniciado no começo da doença, costuma apresentar bons resultados. Isto proporciona mais autonomia ao paciente e melhora significativamente sua qualidade de vida.
Quais os sintomas neuropsiquiátricos das demências?
Como reduzir a chance de desenvolver demência no futuro?
Para prevenir a chance de desenvolver demência no futuro, é preciso evitar alguns hábitos e tomar determinadas medidas. Veja a seguir o que deve ser feito:
O cuidado das demências e a família
As demências são doenças que não afetam apenas o paciente, mas também as pessoas à sua volta. Afinal, é preciso se adaptar a uma nova rotina para promover os cuidados necessários e que visem o bem-estar do acometido pela condição.
Neste sentido, o tratamento adequado e o acompanhamento médico são essenciais, tanto para a estabilização dos sintomas do paciente como para a orientação dos familiares e pessoas próximas. Por isso, caso alguma pessoa de seu convívio esteja passando por isso, não deixe de pedir ajuda!
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