Distrofia muscular é um termo amplo que engloba um variado grupo de doenças musculares de origem genética.
Pode haver alteração em diferentes estruturas que compõe nosso tecido muscular, levando a uma perda de força progressiva ao longo do tempo.
No entanto, os sintomas são diversos e acontecem de acordo com o tipo de distrofia.
Por que acontece a distrofia muscular?
As distrofias musculares podem ocorrer por diferentes alterações genéticas na formação da estrutura do músculo.
Mas atenção: nem sempre existe história da doença na família, o paciente pode ser o primeiro com os sintomas!
E a forma de transmissão entre as gerações se diferencia conforme o tipo de mutação genética!
Com que idade podem começar os sintomas?
Desde a infância até idades mais avançadas.
Por exemplo, a distrofia muscular de Duchenne se inicia na infância, perto dos 2 a 3 anos.
Já a distrofia miotônica de Steinert, mais comum dos adultos, tende a iniciar após os 20 anos de idade.
Quais sintomas podem acontecer?
A fraqueza muscular é o sintoma mais comum. As demais manifestações da doença podem aparecer a depender do tipo de distrofia.
Alguns outros sinais que podemos citar incluem:
Quais exames auxiliam o diagnóstico?
Quais outras complicações podem acontecer?
Como mencionado, as complicações variam muito entre os diferentes tipos de distrofias. Alguns exemplos:
É sempre grave?
Nem sempre!
A intensidade dos sintomas pode variar de acordo com o tipo de distrofia e mesmo na própria família. Há evoluções mais lentas e sintomas mais brandos.
Além disso, nem toda distrofia muscular leva à perda da capacidade de andar e à necessidade de cadeira-de-rodas.
Portanto, é importante realizar o diagnóstico correto para melhor orientarmos sobre o prognóstico! E independente da gravidade, sempre é possível ajudar a ter
uma qualidade de vida digna!
Quais os tipos de distrofia muscular mais conhecidos?
Vamos apresentar as 5 principais:
Qual tratamento que existe para distrofia muscular?
O tratamento atual é baseado em reabilitação, prevenção, identificação e tratamento de complicações.
Assim, é preciso um time multiprofissional com o neurologista em atuação conjunta com fisioterapeuta, fonoaudiólogo e terapeuta ocupacional.
Por vezes, também se faz necessário seguimento com outras especialidades médicas como a cardiologia e endocrinologia.
A meta é identificar a progressão da fraqueza e atuar junto às complicações específicas conforme surgirem.
Por exemplo, se notarmos fraqueza respiratória, será iniciado prontamente fisioterapia respiratória e, a depender da gravidade, o uso de aparelhos eletrônicos
modernos que ajudem na respiração (BIPAP).
Ou ainda, se caso detectado uma arritmia importante do coração, podemos indicar a instalação precoce de marcapasso ou mesmo desfibriladores implantáveis (CDI).
E tratamentos específicos, quais já existem?
Infelizmente, terapias genéticas específicas com medicações que atuam diretamente na causa de lesão muscular ainda estão em fase de pesquisa para
a maioria das distrofias.
No entanto, já há tratamento específico para a distrofia muscular de Duchenne! Nesses casos, já sabemos do benefício dos corticoides (deflazacort, prednisona,
entre outros) em atrasar a progressão da fraqueza muscular.
Mais recentemente, foram aprovados também medicamentos que tentam corrigir a produção da proteína distrofina defeituosa nesses casos!
Para mais conteúdos como este, acesse já a nossa central educativa!