A Doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência, caracterizada, principalmente, pela perda progressiva da memória. Apesar de seu maior fator de risco ser a idade avançada, a condição não faz parte do envelhecimento natural e pode ser prevenida com boas escolhas feitas ao longo da vida. Entenda como fazer a prevenção do Alzheimer e quais são seus fatores de risco modificáveis.
Os fatores de risco são características ou hábitos que aumentam a chance de uma pessoa desenvolver determinada doença. Mas isso não significa que, obrigatoriamente, alguém com esse fator terá a doença, somente que a sua chance é maior.
Quando falamos em fatores de risco, existem aqueles que não podem ser controlados, também chamados de não modificáveis. É o caso, por exemplo, do avanço da idade e da herança genética.
Por outro lado, existem os fatores de risco modificáveis, que dependem de escolhas e comportamentos de cada indivíduo. Esses, sim, podem ser prevenidos ou controlados, diminuindo a probabilidade de determinadas doenças futuras.
E é sobre esses fatores de risco modificáveis no Alzheimer que vamos abordar abaixo. Continue a leitura!
Ao todo, são 14 fatores de risco modificáveis na prevenção do Alzheimer, que podem ser divididos nas três fases da vida: infância, adulta e tardia. Vamos entender cada um deles:
A falta de estímulo educacional na infância reduz a chamada reserva cognitiva, tornando-se um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença de Alzheimer. A partir do momento em que a educação infantil de qualidade passa a ser prioridade quando falamos em políticas públicas, maiores são as probabilidades de os casos diminuírem.
Um dos fatores de risco modificáveis na vida adulta é a perda auditiva. Por isso, os cuidados com esse problema, bem como o uso de aparelhos auditivos, podem contribuir para a diminuição do número de casos de Alzheimer.
Níveis elevados de colesterol LDL, o chamado “colesterol ruim”, estão ligados a um maior risco de desenvolver a doença. É importante ressaltar que o consumo de alimentos gordurosos, fumar, e ingerir bebidas alcoólicas são atitudes que mantêm o colesterol LDL elevado.
A depressão afeta a saúde do corpo todo, uma vez que aumenta os riscos de pressão alta, insônia, dependência de álcool, sedentarismo, entre outros fatores importantes para o Alzheimer. Por isso, cuidar da saúde mental e fazer o acompanhamento necessário nesses casos é de extrema importância.
Traumatismos cranianos causados, por exemplo, por acidentes de carro e esportes de alto impacto, podem causar lesões no cérebro, ocasionando um processo neurodegenerativo que pode desencadear a doença de Alzheimer.
Se proteger, por exemplo, com capacetes, principalmente em atividades em que esses riscos de impacto são maiores, torna-se necessário nesses casos.
Praticar atividade física regularmente é uma das formas mais eficazes de diminuir o risco de Alzheimer, assim como outras doenças. A recomendação é de que adultos realizem, por semana, 150 minutos de atividade aeróbica moderada ou 75 minutos de atividade aeróbica intensa.
Pesquisas apontam que pessoas com Diabetes tipo 2 não controlada têm maior risco de desenvolver a doença de Alzheimer. Isso porque a condição pode causar danos às artérias e vasos sanguíneos do cérebro, além de prejudicar como as células cerebrais respondem à insulina.
O hábito de fumar aumenta significativamente o risco de Alzheimer, além de estar relacionado a outras doenças, como as cardiovasculares e o câncer. Abandonar o cigarro, mesmo em fases mais avançadas da vida, ajuda a reduzir o risco da doença, além de contribuir para a saúde em geral.
A hipertensão, quando não controlada, também representa um fator de risco. Isso porque o aumento da pressão provoca o endurecimento dos vasos sanguíneos, dificultando a circulação de oxigênio e nutrientes para o cérebro e, consequentemente, aumentando as chances do desenvolvimento do Alzheimer.
Principalmente na vida adulta, a obesidade está associada ao aumento do risco de Alzheimer, assim como ao aumento do risco de doenças cardiovasculares. Nesse caso, atividade física e alimentação equilibrada entram como as principais aliadas na prevenção.
O consumo excessivo de álcool pode comprometer a saúde do cérebro, provocando a morte de células e a redução do tamanho cerebral. Além de aumentar o risco de Alzheimer, o excesso de bebida também está associado ao desenvolvimento de câncer, derrames e doenças do fígado.
Manter conexões sociais ajuda a reduzir o risco de demência, uma vez que o convívio com outras pessoas fortalece a reserva cognitiva e estimula hábitos saudáveis. Nesse sentido, participar de clubes ou grupos comunitários pode ser uma boa alternativa.
A poluição do ar também é um fator de risco modificável. A exposição a gases e partículas poluentes prejudica o cérebro, aumentando as chances de desenvolver demência e doenças cardíacas. Pequenas atitudes ajudam a reduzir esse risco, como optar por transporte sustentável, evitar queimadas, economizar energia e apoiar iniciativas que promovam áreas verdes e energias limpas.
Por fim, temos a perda de visão não tratada, que também está associada a um risco maior de desenvolver doença de Alzheimer. Algumas condições oculares, como catarata ou retinopatia diabética, podem elevar esse risco, embora isso não se aplique a todas as doenças. A boa notícia é que o acompanhamento oftalmológico regular, bem como cirurgias em alguns casos, podem reduzir esse risco.
Neste texto, vimos os 14 fatores de risco modificáveis e como o cuidado com a saúde, seja física ou mental, é indispensável não somente para a prevenção da doença de Alzheimer, mas para outras condições, garantindo uma vida mais saudável e de qualidade.
Ainda ficou com alguma dúvida sobre os fatores de risco modificáveis na doença de Alzheimer? Deixe aqui nos comentários.