O transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento. A condição tem sido cada vez mais diagnosticada, tornando ainda maior a necessidade de entender quais são os graus de autismo.
Quando se fala nesse transtorno, muitas pessoas costumam pensar nos casos mais graves e com os sintomas mais evidentes. Contudo, existe um espectro amplo de apresentação, com diferentes graus de manifestação.
Continue a leitura e entenda melhor o autismo e quais as suas classificações!
O que é o autismo?
O autismo apresenta essencialmente duas características básicas:
O diagnóstico do TEA é baseado nos critérios do DSM V – a 5ª edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da Academia Americana de Psiquiatria.
Vale mencionar que esse diagnóstico é exclusivamente clínico, ou seja, baseado na descrição de sinais e sintomas e na história de vida do paciente. Portanto, não existem exames que possam detectar o transtorno autista.
Quais são os graus do autismo?
Conforme o DSM V, os graus de autismo variam de acordo com o grau de funcionalidade e dependência do paciente. É dividido em três graus, de modo que, no grau 1, o paciente é mais funcional e exige pouco apoio, e, no grau 3, o paciente é mais dependente e precisa de um suporte substancial.
Além disso, as manifestações dos sinais e sintomas em relação às duas características fundamentais do transtorno – déficit de comunicação e interação social e padrões restritivos e repetitivos – também variam conforme os graus do autismo. Veja!
Em relação à interação e comunicação social, o espectro autista pode ter a seguinte classificação:
Grau 1: o paciente consegue se comunicar sem suporte, mas nota-se uma dificuldade em iniciar interações sociais, um interesse reduzido nessas interações, respostas atípicas a aberturas sociais e tentativas frustradas de fazer amigos.
Grau 2: o paciente precisa de suporte, apresentando maior dificuldade tanto na comunicação verbal quanto não verbal, além de déficits aparentes na interação social.
Grau 3: o paciente precisa de apoio muito substancial e quase não tem habilidade de comunicação, apresentando fala ininteligível ou de poucas palavras e respostas sociais mínimas.
Em relação ao comportamento, os graus de autismo variam da seguinte forma:
Grau 1: o paciente é mais funcional, mas apresenta sinais como comportamento inflexível e dificuldade para trocar de atividades e para experimentar situações novas.
Grau 2: o paciente precisa de apoio e seus comportamentos restritivos e repetitivos são mais frequentes e evidentes, mostrando-se mais inflexível e com dificuldade para mudar o foco das ações.
Grau 3: o paciente é altamente dependente e apresenta extrema dificuldade para lidar com mudanças, o que impacta significativamente seu funcionamento, além de gerar sofrimento.
Por fim, vale ressaltar que, embora o autismo não tenha cura, tem tratamento. Além disso, é importante compreender que, em cada grau de autismo, há uma grande diversidade na manifestação dos sinais e sintomas.
Por isso, o tratamento deve ser adequado às necessidades específicas de cada paciente e contar com o acompanhamento de especialistas, como neurologistas, psiquiatras e psicoterapeutas.
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