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Como é feita a cirurgia para tumor cerebral?

Um tumor cerebral, diferentemente de outros cânceres do corpo humano, pode causar danos graves e significativos ao paciente, mesmo os tumores cerebrais benignos. Isto porque o cérebro é um órgão de vital importância para o funcionamento do organismo e manutenção da nossa vida de relação.

No geral, as principais linhas de tratamento de um tumor cerebral são, de forma isolada ou combinada, a cirurgia, a quimioterapia e/ou radioterapia. Na maioria dos casos, a cirurgia é imprescindível, seja para uma biópsia e definição do tipo de tumor, ou mesmo para remoção completa da lesão ou diminuição do seu tamanho, possibilitando melhor resposta ao tratamento adjuvante com quimio/radioterapia.

Quando a ressecção é bem-sucedida, principalmente nos casos de baixo grau, as chances de cura são altas. Além disso, as técnicas estão cada vez mais avançadas, seguras e com menor risco de danos.

Neste artigo, vamos explicar com mais detalhes como funciona a cirurgia para tumor cerebral. Entenda a seguir!

 

Como diagnosticar um tumor cerebral

Antes de falarmos sobre a cirurgia, é importante ressaltar que a confirmação do diagnóstico de tumor cerebral é fundamental. Isso porque existem outras condições clínicas – como doenças inflamatórias, infecciosas ou vasculares – que podem se assemelhar a um tumor cerebral.

Para isso, alguns exames são necessários, como a ressonância magnética do crânio, a tomografia computadorizada e a angiografia cerebral, além da biópsia de uma pequena amostra da lesão suspeita.

 

Como é a cirurgia para tumor cerebral

A cirurgia de um tumor cerebral vai variar conforme o local do tumor, o tipo provável de tumor e as condições clínicas do paciente. Porém, na maioria dos casos, a cirurgia é o primeiro procedimento adotado.

A cirurgia para um tumor cerebral possui 3 objetivos fundamentais: 

  • Definir o tipo de tumor pelo exame anátomo-patológico; 
  • Melhorar déficits neurológicos ocasionados pela compressão do tumor ou tratar algum quadro de hipertensão intracraniana; 
  • Ressecção da lesão para cura ou diminuição do tamanho do tumor para melhorar a resposta no tratamento complementar.

Diante destes objetivos, existe uma importante consideração que o cirurgião deve sempre adotar: ressecar o máximo de tumor possível e sempre preservar ao máximo as funções neurológicas vitais e evitar sequelas.

Quando não possível ressecar todo um tumor cerebral, seja por sua disseminação para tecidos vizinhos ou impossibilidade de ressecção pela sua localização, a cirurgia se torna útil para aliviar os sintomas causados pela pressão exercida do tumor, como também se torna útil para melhor atuação de uma possível quimio/radioterapia após o procedimento cirúrgico.


Os procedimentos em uma cirurgia cerebral

Para realizar a ressecção de um tumor cerebral, o médico é guiado por imagens por meio de ressonância magnética, tomografia ou ultrassom, podendo, assim, visualizar o órgão e localizar o tumor com segurança.

Os procedimentos mais modernos também contam com o auxílio de equipamentos específicos, que tornam a cirurgia muito mais segura. Alguns deles são:

  1. Microscópio cirúrgico de alta precisão:
    Permite visualização ampliada dos mínimos detalhes do cérebro, como vasos sanguíneos importantes e áreas cerebrais relevantes.
  2. Neuronavegador com imagens tridimensionais
    Possibilita localizar o tumor cerebral através de imagens de ressonância em tempo real, possibilitando a orientação exata do cirurgião. Funciona tipo um GPS na cirurgia.
  3. Exame de Tractografia
    É um método de imagem adquirido através da ressonância magnética que permite visualizar os feixes de neurônios responsáveis por funções primordiais, como a motricidade, permitindo visualizar a relação anatômica destes neurônios com o tumor a ser ressecado.
  4. Ressonância Magnética Funcional
    O paciente é submetido ao exame de ressonância para mapeamento das principais áreas do cérebro. Durante o exame, ele é estimulado para funções como linguagem, visão e motricidade, permitindo precisar qual área do cérebro é responsável por aquela função estudada.
  5. Aspirador ultrassônico
    Auxilia na ressecção mais rápida e segura do tumor, possui a função de aspiração, irrigação e corte do tumor ao mesmo tempo, num único aparelho.
  6. Cirurgia “Awake”
    Paciente com tumores na área da linguagem, precisam ser constantemente avaliados durante a remoção de um tumor localizado na área da linguagem. A anestesia geral impossibilita isso, desta forma, o paciente é submetido a cirurgia para remoção do tumor estando acordado. E durante a ressecção, conseguimos avaliar, através de testes neuropsicológicos, como está a linguagem do paciente. A qualquer alteração da linguagem, o cirurgião interrompe a ressecção do tumor, preservando esta função.
  7. Monitorização eletrofisiológica intra-operatória
    Com esta tecnologia o paciente, mesmo sob anestesia geral, consegue ser monitorizado continuamente por um médico auxiliar na cirurgia. Ele monitora a atividade elétrica de nervos cranianos importantes, atividade motora e sensitiva dos membros, consegue mapear todo o tecido cerebral por meio de estimulação cerebral, antes que o tumor seja removido. 

Assim, conseguimos mapear quais áreas são responsáveis pela movimentação de um membro, por exemplo, minimizando as sequelas e maximizando a ressecção de tumores, principalmente aqueles localizados em áreas eloquentes.

Tecnologias de última geração como essas permitem que o médico tenha uma visualização precisa, garantindo melhor planejamento pré-operatório e maior segurança contra lesões durante a operação.

Após o procedimento, o paciente é encaminhado à unidade de terapia intensiva para acompanhamento. Na UTI, o doente será monitorizado, receberá medicamentos específicos para evitar inchaço cerebral, dor ou crises convulsivas. 

Exames de imagem são realizados no pós-operatório e, neste momento, o objetivo principal é a rápida recuperação, alta hospitalar e retorno às funções habituais, enquanto segue com o tratamento oncológico, conforme a necessidade.

Conclusão

Como você viu, com o avanço da tecnologia, as técnicas cirúrgicas para tumor cerebral estão cada vez mais precisas, gerando menor risco de danos ao tecido cerebral.

Assim, além de tornar a operação mais segura e melhorar as condições do período pós-operatório, o paciente consegue ter uma boa melhora na qualidade de vida.

Para isso, é fundamental buscar um médico de confiança, que garanta um tratamento seguro ao paciente. Para mais informações, acesse a nossa Central Educativa!

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