A epilepsia é uma das doenças neurológicas mais comuns. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, cerca de 50 milhões de pessoas em todo o mundo têm epilepsia.
Mesmo assim, a condição é historicamente carregada de mitos, preconceitos e estigmas, que levam as pessoas muitas vezes a ter uma visão equivocada da doença.
Pensando nisso, neste artigo, vamos esclarecer os principais mitos e verdades sobre a epilepsia. Entenda!
Mito.
A epilepsia é uma condição que pode ter cura. E, mesmo quando a cura não é possível, as crises epilépticas podem ser bem controladas com o tratamento adequado. Nesses casos, é possível ter uma vida normal, podendo trabalhar, estudar, dirigir, praticar esportes etc.
Apenas em casos de difícil controle, nas chamadas epilepsias refratárias, o paciente pode ter prejuízo cognitivo e motor, gerando algum comprometimento em sua vida cotidiana.
Mito.
A epilepsia não é transmitida por contágio. Trata-se de uma doença neurológica, geneticamente determinada (e nem sempre hereditária) ou decorrente de algum problema de saúde, como AVC, tumor ou uma lesão cerebral adquirida, por exemplo.
Mito.
A convulsão é um tipo de crise epiléptica com abalos motores. Contudo, para que seja considerado epilepsia, o quadro precisa apresentar repetição ou ter alterações específicas nos exames complementares. Assim, o paciente pode ter uma crise convulsiva, mas não ser diagnosticado com epilepsia.
Verdade.
As crises epilépticas podem se manifestar de diferentes formas e variam conforme a área do cérebro em que as crises se originam. Assim, nas crises epilépticas focais ou parciais – nas quais as descargas cerebrais anormais se restringem a uma determinada área do cérebro – pode não haver perda de consciência.
Mito.
Os medicamentos anticonvulsivantes ou antiepilépticos são a primeira opção de tratamento. A maior parte dos casos de epilepsia pode ser tratada ou controlada com a administração das medicações corretas.
Verdade.
A epilepsia acomete principalmente bebês e idosos, mas pode ocorrer (e, inclusive, surgir) em qualquer faixa etária.
Verdade.
A epilepsia é caracterizada por uma alteração do funcionamento do cérebro, de modo que ocorre uma descarga anormal das células cerebrais, causando as crises epilépticas.
É importante não confundir doença neurológica com doença psiquiátrica. A epilepsia não é uma doença psiquiátrica e a maior parte dos pacientes não apresenta dificuldades cognitivas e distúrbios psiquiátricos associados.
Mito.
Algumas causas de epilepsia são temporárias e reversíveis. A epilepsia pode ser controlada por meio de tratamento adequado e, inclusive, ter cura.
Esses são alguns dos principais mitos e verdades que giram em torno da epilepsia. É importante ressaltar que, sempre que alguém apresentar alguma suspeita de crise epiléptica é fundamental consultar um especialista, que será capacitado para esclarecer todas as dúvidas do paciente.